Finanças Pessoais e Empresariais: 7 estratégias para organizar

Para uma boa gestão, é fundamental separar as contas pessoais das empresariais. Confira as dicas que podem ajudar nessa jornada.

Publicado em: Leitura: 3 minutos

Conseguir separar as contas pessoais das contas da empresa é a base de uma boa gestão financeira. Mesmo assim, a 2ª Edição da Pesquisa Hábitos de Uso de Produtos Financeiros, realizada pelo Sebrae, mostrou que 60% dos empreendedores já utilizaram recursos pessoais para pagar contas da empresa. Muitos não fazem essa separação por não entenderem a importância dessa prática e como isso afeta o negócio.  

finanças pessoais e empresariais - imagem de um cofre em forma de porquinho e diversas moedas e papéis em cima de uma mesa com uma pessoa fazendo cálculo

 

Sem essa separação, o empreendedor perde o controle sobre as movimentações financeiras e pode enfrentar situações em que os gastos pessoais se sobrepõem aos da empresa, reduzindo a capacidade de reinvestimento e podendo até mesmo comprometer o capital de giro da empresa necessário para manutenção do negócio.

Por que fazer a separação das finanças?   

A longo prazo, a pesquisa sobre a Sobrevivência das Empresas no Brasil mostra que empreendedores que não tem o hábito realizar um acompanhamento das receitas e despesas tem maiores chances de fechar. Quando questionados sobre o que poderia ajudar a evitar o fechamento da empresa, 34% responderam que o crédito mais facilitado seria uma solução, enquanto 8% mencionaram a necessidade de uma gestão financeira mais eficaz, ambos fatores diretamente ligados à separação financeira entre empreendedor e empresa.  

Quase metade das pessoas que empreendem o fazem por necessidade (47,3% em 2022, Global Entrepreneurship Monitor (GEM). Muitas dessas possuem um orçamento limitado, onde o faturamento do negócio ainda não é suficiente nem para cobrir as despesas básicas do empreendedor. Porém, é justamente nos momentos de escassez que os recursos precisam ser geridos mais de perto, para evitar faltas de mercadorias e, consequentemente, vendas perdidas. 

Devo separar as finanças pessoais mesmo em um momento positivo na empresa? 

No caso de empreendedores que estão vivendo um momento positivo em seus negócios, a necessidade de separar as contas pode passar despercebida, já que o faturamento está crescendo junto com os gastos pessoais. No entanto, esse é o momento ideal para formar uma reserva para períodos de oscilações no mercado e reinvestir, garantindo que a empresa continue crescendo no futuro.  

Outro ponto importante a se considerar é que, ao misturar os rendimentos, o empreendedor pode acabar mascarando uma ineficiência da empresa. Ao utilizar recursos pessoais para cobrir gastos do negócio, ele pode acabar se endividando. É claro que há momento em que é necessário que o empresário faça novos investimentos na empresa, mas isso deve ser feito de forma consciente, com metas  e objetivos claros para avaliar o investimento, e não de forma indiscriminada. 

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Como separar as finanças? 

Para ajudar nessa jornada, confira sete dicas estratégicas para a organização financeira: 

1 – Tenha uma conta empresarial: o primeiro passo é separar as contas, possuindo uma para os gastos pessoais e outra para a empresa. Hoje, alguns bancos digitais permitem a abertura de contas de pessoa jurídica (PJ) sem taxas, facilitando ainda mais esse processo. Ao criar a conta PJ, direcione para lá todas as movimentações da empresa.  

2 – Organize o controle financeiro: organize o controle financeiro pessoal e empresarial. Para isso é importante utilizar ferramentas de apoio, bem como dedicar tempo para participação em capacitações que auxiliem nesses processos.  

Para um controle financeiro eficaz, confira as indicações:   

Utilizando esses recursos, você fortalecerá a saúde financeira da sua empresa e estará mais preparado para enfrentar os desafios do futuro. 

3 – Defina um pró-labore: o Pró-labore é a remuneração que os sócios ou administradores de uma empresa recebem pelo trabalho realizado. Esse valor será a sua remuneração pelo trabalho prestado à empresa, semelhante a um salário. Ele deve ser equivalente ao que o mercado pagaria por alguém com a mesma função, não ao “seu salário dos sonhos”. A remuneração pelo tempo e capital investidos virá com as divisões de lucros, se houver, e com o aumento do valor da empresa (valuation). 

4 – Diminua os prazos para retiradas: ao definir o valor do pró-labore, distribua o valor em retiradas semanais. Outra dica importante é concentrar um valor maior de retirada próximo do vencimento das suas principais contas pessoais e distribuir o restante em retiradas semanais. Assim, caso haja um imprevisto, você não precisará aguardar muito tempo para outra retirada, diminuindo as chances de precisar abrir exceções. 

5 – Outras fontes de renda: se você tem outra fonte de renda, reduza ou reinvista o pró-labore. Dessa forma, você poderá reinvestir o lucro no negócio, acelerando o seu crescimento.  

6 – Lucro Bruto é diferente de remuneração: mesmo que você empreenda sozinho, o orçamento da empresa precisa considerar despesas como reposição de mercadorias, capital de giro, reserva de emergência e investimentos. Para calcular o seu pró-labore é preciso considerar esses outros gastos.  

7 – Planeje o seu orçamento: estabeleça metas e projeções de gastos e receitas, tanto para as finanças pessoais quanto para as empresariais. Isso facilitará o acompanhamento da execução e identificação de áreas de correção. 

Fazer essa organização é desafiador, mas você pode contar com o nosso apoio! Agende um atendimento gratuito com um de nossos analistas para tirar suas dúvidas sobre finanças ou outras áreas da empresa. Mesmo que implementar esses controles pareça difícil, estamos aqui para facilitar o processo. Clique aqui e agende seu atendimento agora mesmo!

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