NRF 2024: Inteligência Artificial e Geração Z em foco
Tendências de IA e características da Geração Z desvendadas em diferentes palestras da NRF 2024 e traduzidas para o sucesso do teu negócio
Atualizado em: Leitura: 3 minutos
Como já imaginávamos, alguns temas vêm sendo repetidamente debatidos pelos gigantes do varejo na NRF 2024. Principalmente a Inteligência Artificial (IA) e a Geração Z, e como dominar uma pode cativar a outra. Essa pauta foi recorrente no segundo dia de palestras, e aqui trazemos a tradução de como isso pode se aplicar aos pequenos negócios
Personalização de experiências com IA
O CEO da Ulta Beauty, Dave Kimpbell, e a repórter da CNBC focada em varejo e consumo, Melissa Repko, conversaram sobre como a Inteligência Artificial está no topo das estratégias da empresa de beleza para os próximos anos e servirá como complemento da experiência humana.
Hoje, a Ulta Beauty usa IA para ajudar na identificação do tipo de pele e cabelo dos clientes para oferecer recomendações personalizadas de produtos adequados para cada um. A ideia é proporcionar uma experiência mais individualizada e atender às necessidades específicas de cada cliente.
A aplicação de Inteligência Artificial em um negócio vai desde tecnologias de realidade aumentada para permitir que os consumidores experimentem produtos virtualmente a implementação de chatbots e assistência virtual para interações mais eficientes e personalizadas, ajudando os clientes a encontrar produtos, obter dicas de beleza e receber suporte.
São possibilidades que podem ser executadas tanto por gigantes do varejo como negócios menores.
IA pode te ajudar a compreender o cliente
A exemplo do primeiro dia de NRF 2024, um insight foi o campeão de citações nas palestras e pode ser levado para dentro da tua empresa: o consumidor deve estar sempre no centro das decisões e das estratégias de qualquer negócio.
Christine Rupp, CCO da Victoria’s Secret, defendeu que uma empresa deve conhecer profundamente seu cliente para sempre entender qual será a melhor oferta a ser disponibilizada e qual a forma mais conveniente de efetuar a compra, seja online ou offline.
Ela ainda sugeriu o uso de Inteligência Artificial para ajudar os vendedores a encontrar os produtos certos para os consumidores. Afinal de contas, segundo ela, é a personalização que vai aprimorar a experiência de compra.
Estratégias para “decodificar” a Geração Z
Em 2030, 55% das pessoas que frequentam as lojas serão da Geração Z, ou seja, de pessoas nascidas entre 1995 e 2010. Esses são os dados trazidos por Linda Li, da H&M, Caleb Pearson, do McDonald’s, Hilary Milnes, da Vogue Business, e Ann Piper, do Spotify, para discutir estratégias para atingir esse público.
Veja abaixo 8 pontos importantes para conquistar a Geração Z. Você já aplica algum deles no teu negócio?
- Autenticidade é fundamental: marcas e empresas devem ser verdadeiras em suas interações e mensagens.
- Apesar do envolvimento digital, a Geração Z demonstra interesse em experiências locais.
- Está disposta a compartilhar dados, mas espera que sejam usados de maneira consciente. Marcas podem aproveitar para personalizar experiências e surpreender os usuários.
- É ativa em diversas plataformas, como Spotify, TiktTok, Roblox e outros. É interessante suas estratégias e estar presente onde essa geração está engajada.
- É caracterizada pela mudança rápida e inovação. Empresas devem ser flexíveis, inovadoras e capazes de se adaptar às mudanças.
- Apesar do mundo digital, ainda valoriza experiências de compra em lojas físicas. Marcas podem criar experiências personalizadas e sociais para atrair esse público.
- Manter-se atualizado em matéria de tecnologia é crucial para interagir efetivamente com a Geração Z, que está sempre em busca de novidades.
- A estratégia deve incluir elementos que surpreendam e encantem. Isso pode envolver personalização, interação em tempo real e respostas ágeis às tendências.
Presença digital e motivação são outras temáticas do segundo dia
- Motivação e dedicação
Talvez a maior celebridade a subir no palco da NRF 2024 tenha sido o ex-jogador de basquete Magic Johnson. Hoje um empresário de muito sucesso, Johnson trouxe um olhar sobre disciplina e liderança no varejo, falando sobre gestão, contratação e treinamento de equipes.
- Experiência de compra na loja física
Enquanto isso, Lee Peterson, VP da WD Partners falou sobre novos padrões de comportamento de compra. Em pesquisa realizada em 2023, 63% das pessoas disseram preferir fazer compras online, enquanto há 5 anos esse número era somente de 20%. Para Peterson, criar lojas que sejam iguais aos seus sites não é mais o suficiente. Qual a razão de ir até uma loja quando o que você encontra lá são somente os produtos em uma prateleira?
“As pessoas precisam querer ir até uma loja física, hoje isso não é mais necessário. A vibe é o principal atributo que diferencia a loja física do website. Então, precisamos aprimorar a criatividade, design, visual, atendimento, música e a experiência completa de loja”, alerta.
- Circularidade em alta
Novos padrões de economia criativa também foram pauta, como a premissa da circularidade. Para Kate Ancketill, fundadora da GDR – Retail Innovation Consultancy, “os varejistas precisam pensar além da venda de produtos novos”. E segundo ela, há várias formas de começar a fazer isso, como revenda de produtos usados, planos de assinatura, aluguel de produtos e práticas de desconto ou créditos para clientes que entregam produtos usados.
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