Como a Inteligência Artificial pode potencializar os resultados das MPE’s
Nos últimos meses, a Inteligência Artificial (IA) está no centro de diversos debates empresariais, principalmente quando falamos dos benefícios trazidos por essa tecnologia.
Atualizado em: Leitura: 4 minutos
Nos últimos meses, a Inteligência Artificial (IA) está no centro de diversos debates empresariais, principalmente quando falamos dos benefícios trazidos por essa tecnologia. O ChatGPT já se tornou uma realidade na rotina das empresas, sendo incorporado em sistemas e processos de trabalho para automatizar tarefas que, antes, eram manuais.
Ao mesmo tempo em que as IAs se mostram um aditivo significativo nas demandas corporativas, há também um certo receio sobre os impactos que elas podem causar na vida das pessoas e no mercado como um todo. Entretanto, é inegável que essas tecnologias trazem diversos benefícios e que podem ser usadas por empresas de diversos tamanhos.
Durante a palestra Data-driven Innovation: Al & Web3 do South Summit Brazil 2023, Peter Szalontay, da DataMilk, falou sobre a importância da Inteligência Artificial para facilitar tarefas que, antes, tomavam muito tempo e esforço contínuo.
Em sua fala, Peter pontuou que o debate não deveria ser sobre determinado trabalho sumir, mas sim a respeito de algumas tarefas inerentes a esses trabalhos serem otimizadas. “Essas tecnologias trazem prosperidade para sociedade, permitindo que possamos ser mais criativos e trabalhar melhor”, acrescentou.
Já Ricardo Cappra, do Cappra Institute for Data Science, explicou que estamos vivendo um momento muito interessante de self service analytics. “O que estamos vivendo agora é que cada um de nós é analista de dados. Vocês têm que analisar os seus dados de saúde, esporte, comportamento, e nas empresas não é diferente. Vocês precisam analisar os seus próprios dados”, pontuou.
Essa análise e orientação de dados depende muito da maturidade de cada organização. Para Pedro Augusto Bocchese, da Processor Soluções Tecnológicas, cada empresa está em um nível de maturidade digital diferente, utilizando ferramentas específicas dentro da jornada de orientação por dados.
“Algumas empresas estão só fazendo consulta nos dados, outras estão usando ferramentas de BI, outras já começaram a fazer uma integração não só de setores individualizados, com criação de data warehouse específicos. E outras que já estão pensando em usar hiper automação, Inteligência Artificial, mineração, clusterização e categorização de dados”, acrescentou Pedro.
O estágio de maturidade digital em que a sua empresa está reflete, diretamente, na forma como essas tecnologias podem ser aproveitadas. Todos os empreendimentos podem se tornar orientados por dados, e esse processo se dá através do conhecimento não só de ferramentas, mas também da aplicação contínua dos dados para nortear a tomada de decisão.
Para Peter, identificar quais dados você possui e como eles podem se tornar uma vantagem competitiva é crucial para o processo de entendimento e aplicação das IAs. “Quais são os dados específicos que eu tenho que outras empresas não têm? Como posso usar isso a meu favor? Você precisa se adaptar às novas tecnologias que estão no mundo, pois é importante tentarmos estratégias novas o tempo todo”, disse.
Fortalecer os seus dados proprietários é outra forma de criar um diferencial que apenas a sua organização poderá possuir. As informações que a sua empresa coleta, e que podem ser analisadas e potencializadas, são uma vantagem competitiva só sua e precisam ser aproveitadas como tal.
E quando falamos de dados, não devemos pensar apenas no fator externo ou no que diz respeito aos seus clientes. É importante entender que a análise e a orientação por dados reflete o ecossistema inteiro das organizações.
Fazer esse tipo de trabalho toma tempo e requer não só esforço, como infraestrutura. Nesse contexto, a Inteligência Artificial também é uma grande aliada, pois ao reduzir ações manuais que podem ser automatizadas, você e sua empresa ganham em produtividade
A importância do conhecimento e da capacitação no universo da Inteligência Artificial
Para que a Inteligência Artificial e a análise de dados sejam integradas na realidade de micro e pequenas empresas, é necessário um processo que passe pela educação sobre essas ferramentas.
De acordo com Karine Oliveira, da Wakanda Educação Empreendedora, é necessário incluir os empreendedores nesses espaços e instruir efetivamente como esses recursos podem auxiliar nas rotinas da organização.
“Temos que explicar para o empreendedor que, se ele está com dificuldade, precisando de ajuda, que a Inteligência Artificial é essa ajuda. Existe o ChatGPT, que eu posso trazer ideias de tudo, mas se eu não sei o que perguntar, o que pedir, ele não sabe o que me entregar”, explicou.
Para Karine, o processo se dá através do incentivo de inclusão dessas pessoas no espaço digital, ensinando como funciona a tecnologia em si e suas formas de aplicação para, depois, iniciar o trabalho com essas ferramentas.
“Quando eu sei o que eu estou fazendo, eu consigo utilizar a ferramenta. É que nem uma faca: se eu não souber cozinhar, não adianta de nada, por mais afiada que ela seja. Eu preciso compreender no que utilizar aquela ferramenta pra saber se me ajuda ou não”, explicou ela.
O objetivo é o ponto principal para que essas tecnologias tenham sucesso na estratégia dos empreendedores, mas para isso é necessário entender os conceitos digitais.
“A linha que temos que atravessar é a de auxiliar na digitalização desses empreendedores, mas não de forma superficial, como tem sido feito. É preciso mostrar para as pessoas que esse é um ambiente que elas podem estar. Temos que tornar esses ambientes mais atrativos”, concluiu.
E por onde começar essa revolução digital na sua organização?
Gustavo Moreira, especialista de inovação do Sebrae RS, indica que a melhor forma de iniciar é definindo o que a micro e pequena empresa quer alcançar. A tecnologia vem para melhorar os resultados do negócio e, portanto, precisa ser aplicada em objetivos estruturados.
“Antes de utilizar essas tecnologias, é preciso saber pra que você vai utilizar. É pra força de vendas, produtividade do negócio, reduzir custos ou otimizar tempo? Tendo um objetivo traçado é possível trabalhar a infraestrutura da empresa para atender a esse meta”, disse.
Uma infraestrutura requer, além de apenas recursos, profissionais que entendam a tecnologia e possam aplicar da melhor forma para o sucesso do empreendimento.
Para Moreira, o investimento em qualificação é importante, pois é por meio do conhecimento dessas tecnologias que as micro e pequenas empresas poderão se conectar com novos parceiros, potencializar resultados e expandir seus negócios.
Antes de aderir à tecnologia, é necessário ter o conhecimento para extrair o melhor dessas oportunidades. O Sebrae fomenta o empreendedorismo por meio da inovação, e possui cursos e consultorias que pavimentam caminhos para o conhecimento, auxiliando as micro e pequenas empresas a alcançarem os seus objetivos.
Está pronto para levar o seu empreendimento a um novo nível? Conte com o Sebrae para conectar você aos melhores parceiros!
Veja também
– Cobertura South Summit Brazil: 3 destaques do 3º dia
– Cobertura South Summit Brazil: os 3 destaques do 2º dia
– Ecossistema e Inovação: o que foi falado no South Summit Brazil 2023
– Cobertura South Summit Brazil: Os 4 destaques do 1º dia
– O que a sua empresa e Porto Alegre podem ganhar com a nova edição South Summit Brazil?
Gostou desse post?
Conteúdo escrito por: