GEM: O sonho do próprio do negócio

Dados da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) mostram que sonho do próprio negócio através do empreendedorismo é uma realidade

Atualizado em: 18/05/2023 (31/05/2023) Leitura: 3 minutos

Empreender é um verbo cada vez mais visado pelos brasileiros e é isso que aponta a Pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM 2022). O estudo nos mostra que “ter o próprio negócio” é o segundo maior sonho de quem vive no País – perdendo apenas pelo desejo de viajar.

Próprio negócio, sonho número 1

O viés empreendedor almejado por 60% dos entrevistados – apenas um ponto percentual abaixo do sonho de viajar – cresceu 14 pontos percentuais em relação à última edição da pesquisa e consolidou o empreendedorismo como um conceito que cada vez mais aproxima planos profissionais de realizações pessoais.

Considerada a principal pesquisa sobre empreendedorismo no mundo, em seus 23 anos de atuação, a GEM já ouviu empreendedores e profissionais de mais de 110 países – o que representa mais de 95% do PIB mundial.

No Brasil, a pesquisa realizada pelo Sebrae e pela Associação Nacional de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas (Anegepe) entrevistou 2 mil adultos e 52 especialistas entre junho e agosto de 2022. O estudo segue uma metodologia internacional e padrão de pesquisa de campo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Empreendedorismo em alta

Os resultados consolidam um recorde da série histórica da pesquisa. Em 2021, o sonho de empreender havia sido apontado por 46% dos entrevistados. Em 2020, este indicador foi de 59%. Já na comparação com cinco anos atrás, o incremento foi de 42 pontos percentuais.

TOP 5 sonhos dos brasileiros

1 – Viajar pelo Brasil (61%)

2 – Ter o próprio negócio (60%)

3 – Comprar a casa própria (54%)

4 – Comprar um automóvel (54%)

5 – Viajar para o exterior (49%)

93 milhões em ação

Outros dados do estudo da GEM apontam para 93 milhões de brasileiros envolvidos com o empreendedorismo. Para chegar a este índice, a pesquisa considera três taxas de empreendedorismo de acordo com o seu histórico de tempo de atuação dos empreendimentos:

Nascente (nos últimos 12 meses realizou alguma ação visando ter um negócio próprio ou tem negócio próprio com até 3 meses de operação);
Novos (com 3 meses a 3,5 anos de operação);
Estabelecidos (mais de 3,5 anos de operação).

O resultado final considera as 42 milhões de pessoas adultas (com 18 a 64 anos) estimadas que já tinham um negócio (formal ou informal) e/ou que fizeram alguma ação, em 2022, visando ter um negócio no futuro somadas às 51 milhões não têm empreendimento mas que gostaria de ter um em até três anos.

“Estamos falando de um terço da população adulta brasileira que é composta por empreendedores ou potenciais empreendedores. Temos a convicção de que ter o próprio negócio faz parte da realização das pessoas e, nesse sentido, temos atuado de forma cada vez mais assertiva para melhorar ainda mais o ambiente dos negócios”, destaca o diretor-superintendente do Sebrae RS, André Vanoni de Godoy.

Brasil em destaque

Outro ponto alto do estudo faz referência à Taxa de Empreendedorismo potencial. Com 53,0%, o índice coloca o Brasil como a 2ª maior população absoluta de potenciais empreendedores, atrás apenas da Índia com 115 milhões de pessoas na mesma situação, segundo a GEM.

Essa taxa recorde – a maior detectada nos países que participaram da pesquisa – posicionou os brasileiros em empate técnico com o Panamá, um país com uma população de apenas 4,5 milhões de pessoas, onde o interesse pelo empreendedorismo também tem crescido devido aos baixos níveis de regulação e impostos.

Pelo segundo ano consecutivo, o chamado “Empreendedorismo por necessidade” teve queda em seu percentual, com 47,3% (2022) frente aos 48,9% de 2021.

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