Cadeia do Leite: impactos da calamidade climática no Rio Grande do Sul
A cadeia do leite está enfrentando grandes desafios após as enchentes. Conheça as estratégias, ações e apoio para esse setor.
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A recente calamidade climática no Rio Grande do Sul tem causado prejuízos a cadeia do leite, impactando os produtores, as empresas e o abastecimento do mercado. As inundações trouxeram diversos desafios para os envolvidos no setor.
Além das perdas de animais e infraestruturas, os produtores enfrentam dificuldades logísticas, como transporte de produtos, com a falta de energia e água e a escassez de alimento para os animais. Esses obstáculos impactam diretamente a produção e a oferta de leite e seus derivados.
De acordo com o relatório do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA) da USP, é esperado aumento nos preços do leite cru e seus derivados devido às perdas ocasionadas pelas enchentes. Empresas da região indicam uma redução de 10 a 15% na captação diária de leite nos primeiros dias do mês de maio, devido às dificuldades de acesso às estradas e ao aumento dos custos logísticos. Diante desse cenário, é importante adotar ações de curto prazo e planejar ações de médio e longo prazo para garantir a recuperação e a sustentabilidade do setor. Confira as dicas:
Ações de curto prazo
Para superarmos esse momento, as possibilidades de ações de curto prazo:
- Portaria emergencial para comercialização: os produtores de queijos e doces de leite artesanais que dependem das feiras para comercializar seus produtos contam com uma portaria emergencial que permite a comercialização por 90 dias para outros estados. A Portaria SDA/MAPA nº 1.108, de 8 de maio de 2024 autorizou, de forma temporária, a adoção de medidas excepcionais para produtores de leite e derivados registrados no Serviço de Inspeção Federal (SIF), localizados nos municípios do estado do Rio Grande do Sul, devido ao reconhecimento do Estado de Calamidade Pública. Além disso, durante esse período é importante trabalhar na obtenção do selo arte (saiba mais clicando aqui) ou uma inspeção que tenha equivalência ao SIF para garantir a continuidade da comercialização após esse período.
- Fornecimento de alimentos: os produtores de leite afetados pela enchente precisam de ração, silagem e volumoso para alimentar seus animais. É necessário buscar apoio gerencial e técnico emergencial aos produtores rurais afetados, juntamente com a disponibilização de recursos financeiros. Isso facilitará a aquisição de equipamentos e insumos perdidos que são essenciais para a retomada das atividades. Os produtores rurais com financiamentos ativos devem buscar informações nas instituições financeiras a qual possuem contrato ativo. É possível que existam acordos diferentes para esse momento, como carência para pagamento das parcelas, renegociações dos juros, entre outros.
Ações de médio e longo prazo
Confira as ações contínuas para a manutenção da cadeia:
- Manutenção da comercialização: é importante manter a comercialização dos lácteos artesanais para outros estados.
- Recuperação de solo e pastagens: deve-se investir em ações intensivas de recuperação do solo e das pastagens para garantir a sustentabilidade da produção a longo prazo.
Conheça os apoios disponíveis
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