Publicidade médica: o que postar nas redes sociais

Entenda como funcionam as novas regras para publicidade médica nas redes sociais.

Publicado em: Leitura: 3 minutosNível: Básico

A era digital trouxe consigo a revolução das redes sociais, transformando a maneira como interagimos. Para médicos, clínicas e laboratórios, isso representa uma oportunidade de estar mais próximo de seus pacientes e potenciais clientes. Porém, as regras da publicidade médica devem ser seguidas à risca para que a interação seja honesta, respeitosa e dentro do Código de Ética Médica.

Antes de mergulharmos nas novas regras, é importante entender o contexto. Alguns profissionais de saúde estão explorando as redes sociais e pode ser desafiador navegar por elas sem total conhecimento das diretrizes, já que isso pode gerar complicações com o Conselho Federal de Medicina. Portanto, é importante se ater ao objetivo principal, que deve ser educar e informar.

Confira a seguir o que muda na realização de publicidade médica com as novas regras e como essas mudanças afetam as postagens nas redes sociais.

publicidade médica

 O que você precisa saber sobre publicidade médica

 Durante uma coletiva de imprensa em Belo Horizonte, o Conselho Federal de Medicina (CFM)  apresentou as seguintes atualizações nas regras de publicidade médica:

  • Divulgação nas redes sociais: agora é permitido que o médico mostre seu trabalho nas redes sociais, divulgue equipamentos disponíveis em seu local de trabalho e use imagens, tanto de pacientes quanto de bancos de fotos, desde que tenham caráter educativo.
  • Transparência nos preços: os médicos têm autorização para divulgar os preços das consultas e realizar campanhas promocionais, mas com responsabilidade, estando proibido de realizar vendas casadas e premiações.
  • Uso de imagens: as imagens de pacientes, quando utilizadas, devem seguir critérios rígidos, como:
    • Autorização do paciente.
    • Relação com a especialidade do médico.
    • Acompanhamento de texto educativo.
    • Não podem ser manipuladas.
    • O paciente não pode ser identificado.
    • Demonstrações de “antes e depois” devem ser completas e informativas.
    • Explicar as possíveis complicações do procedimento. 
  • Direitos autorais: ao usar imagens de bancos de fotos, a fonte deve ser citada e os direitos autorais respeitados.
  • Informações obrigatórias: em qualquer peça de divulgação, o nome do médico, número de registro e RQE (quando especialista) devem estar visíveis.
  • Comportamento online: a postagem deve ser ética, evitando tons pejorativos, desrespeitosos ou sensacionalistas.
  • Anúncio de equipamentos: apenas aparelhos e recursos tecnológicos aprovados pela ANVISA e autorizados pelo CFM podem ser anunciados.

Pontos de atenção: proibições

É fundamental que, ao adentrar o universo digital, os profissionais da saúde estejam cientes não apenas do que podem fazer, mas, principalmente, do que é proibido.

Entre as proibições fica estabelecido que esses profissionais não podem vender ou comercializar qualquer produto nas plataformas digitais, como medicamentos, suplementos ou ativos para emagrecimento. Qualquer infração a essa regra pode levar a denúncias ao Conselho. 

A medicina, sendo uma ciência complexa e individualizada, impede a garantia de resultados, já que cada um pode ter uma reação diferente ao tratamento proposto. Por isso, o conselho proíbe que os profissionais garantam resultados positivos.

Além disso, é também inadmissível que médicos contra indiquem tratamentos aprovados pela Anvisa ou desaconselhem a vacinação. 

Por fim, o CFM esclarece que é importante os médicos serem transparentes sobre suas qualificações. Apenas aqueles com o Registro de Qualificação de Especialista (RQE) registrado no Conselho Regional de Medicina podem se autodenominar especialistas, enquanto a simples pós-graduação não confere tal título.

Todos os profissionais da saúde devem estar em conformidade com estas proibições. A ética e a responsabilidade são pilares fundamentais da profissão, e seu compromisso deve ser sempre com a saúde e o bem-estar do paciente.

Insights para pequenos negócios de saúde

  • Foque na educação: use as redes sociais para educar seus seguidores. Publique sobre novos tratamentos aprovados, avanços na medicina e dicas de saúde.
  • Seja transparente: a honestidade constrói confiança. Seja claro sobre os preços, procedimentos e possíveis resultados, positivos e negativos.
  • Evite autopromoção exagerada: o objetivo deve ser sempre ajudar e informar, e não apenas se promover.
  • Mantenha-se atualizado: com regras em constante atualização, é fundamental estar sempre atento às novidades para evitar problemas.

As clínicas, consultórios, laboratórios e profissionais têm até 11 de março de 2024 para se adaptarem às novas regras. Depois dessa data, o cumprimento será obrigatório. Assim, planeje-se e use as redes sociais a seu favor, sempre com ética e respeito pelo paciente.

 

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Fontes: Paula Laboissière.  CFM autoriza médicos a fazerem propaganda em redes sociais. Agência Brasil. 2023. Jô Andrade. Conselho Federal de Medicina anuncia regras para médicos nas redes sociais; veja o que pode e o que não pode. G1. 2023.

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Conteúdo escrito por:

Sebrae
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