Dicas para indústrias conseguirem crédito no mercado
Especialista orienta empreendedores sobre quais passos eles devem dar na busca por financiamentos e indica fontes confiáveis de informações sobre o tema.
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Há mais crédito no mercado para microempreendedores individuais (MEIs), micro e pequenas empresas. Diversos programas apoiam as indústrias que desejam financiar a compra de máquinas, planos de expansão ou processos de inovação. Mas como escolher a melhor opção e preparar o negócio? O empreendedor precisa saber se esse recurso externo é necessário e para que ele será utilizado.
Em entrevista, o coordenador de acesso a crédito e investimentos da Unidade de Capitalização e Serviços Financeiros no Sebrae Nacional, Giovanni Bevilaqua, defende que a decisão do empreendedor deve ser pautada em um plano de negócios. “Todo crédito é uma dívida. Em algum momento, você vai ter que pagar. Com linhas de investimento, por exemplo, você fica pagando o empréstimo por um bom período. Então tem que estar tudo dentro de um plano que seja mais adequado para as necessidades específicas do negócio”, orienta.
Fatores que explicam o maior volume de crédito
Alguns dados citados por Giovanni demonstram a evolução do crédito para MPEs. Segundo o especialista, em 2015, 3,9 milhões de pequenos negócios eram tomadores de crédito, número que saltou para 5,9 milhões no início de 2020 e chegou a 7,5 milhões no segundo trimestre de 2022. Para ele, dois fatores ajudam a explicar essa evolução do crédito. “O primeiro é que houve, ao longo dos anos, um maior conhecimento por parte do sistema financeiro do que são os pequenos negócios no Brasil. Eles são a própria economia brasileira, já que 99% das empresas formais são pequenos negócios”, explica o especialista. O segundo fator está relacionado com a queda dos juros básicos da economia, a taxa Selic, feita de forma progressiva até o início de 2020.
Como se preparar para o momento de acessar os recursos
Com mais recursos no mercado, subiu o número de pequenos negócios que acessaram linhas e financiamento. A boa notícia, segundo Giovanni, é que essas empresas provaram que são boas tomadoras de crédito porque mantiveram as taxas de inadimplência baixas. O histórico de operações favorável ajuda novos financiamentos e contratações de crédito. A primeira dica é: a empresa precisa melhorar a gestão e o controle financeiro antes de buscar financiamento. Além do básico, que é separar as contas da Pessoa Física e da Pessoa Jurídica, é importante ter todos os documentos da empresa atualizados, como informações cadastrais, licenças e dados contábeis.
Onde encontrar informações relevantes e de apoio
“Para ajudar as empresas, o Sebrae orienta e auxilia os pequenos negócios em toda essa jornada de crédito, de forma que esses recursos possam ser utilizados para o fortalecimento e desenvolvimento dos negócios”, explica. Entre essas fontes de informação confiáveis para orientar a tomada de crédito, Giovanni recomenda o Canal MPME do BNDES e o painel sobre crédito do site DataSebrae. Além de comparar as taxas médias de juros das diferentes modalidades de crédito, o painel do DataSebrae permite a busca de informações por estado e por porte de empresa, com dados desde 2012. “Essa taxa média (de juros) pode servir como referência para cenários alternativos. Por exemplo, pegar o maior valor (da série histórica da taxa) para um cenário mais pessimista e uma taxa menor para um cenário mais otimista”, orienta Giovanni.
Quer saber mais? Acesse nosso material completo e confira na íntegra a entrevista do especialista que traz orientações sobre acesso ao crédito para indústrias.
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