Dia do Orgulho LGBTQIAPN+: um movimento para falar e ouvir 📣
Melhor que do que sentir orgulho de ser quem somos, é termos liberdade para sermos quem somos.
Atualizado em: Leitura: 3 minutosNível: Básico
Para que o dia 28 de junho – Dia do Orgulho LGBTQIAPN+ (sigla completa) – faça sentido, seja uma temática comum a todos e tenha força para fazer valer a desejada equidade, a liberdade precisa estar em primeiro lugar. E não somente para deixar as pessoas livres para transitar pelas ruas ou para usufruir dos espaços comuns, mas para terem garantidos seus direitos, respeito, dignidade, integridade (no sentido de não ter violada sua saúde ou sua vida também), inclusão e participação.
Empatia e luta
Esse é um debate que provém das pessoas que se identificam com determinados gêneros ou orientações sexuais inclusas na sigla em questão, sim, mas não está restrito somente a essas pessoas. E isso é algo a ser refletido quando se fala em diversidade e inclusão, ou quando nos referimos a “minorias” ou a grupos específicos, sejam eles quais forem. A luta é de qualquer um que tenha interesse pela dignidade do ser e pelo desenvolvimento humano. Não é preciso ser mulher para lutar pelos direitos das mulheres e se engajar em causas que as coloquem em um lugar mais igualitário.
Não é preciso ter diversidade funcional para atuar em iniciativas que tornem mais acessíveis os locais públicos e privados, sejam físicos ou virtuais. Da mesma forma, o Dia do Orgulho LGBTQIAPN+ interessa a todos nós. É uma causa comum. E é uma causa válida enquanto ainda existir quem ache que alguém deva ser privado de respeito ou dignidade por sua orientação sexual ou gênero. É preciso, obviamente, respeitar o lugar de fala, dar voz às pessoas que se identificam com esses marcadores sociais, porém, falar sobre o assunto também favorece para que o espaço se amplie.
Dados do Dossiê de Mortes e Violências contra LGBTQIAPN+ no Brasil, produzido pelo Observatório de Mortes e Violências LGBTI+ no Brasil, mostraram que em 2022 ocorreram 273 mortes LGBT de forma violenta no país. Dessas, 228 foram assassinatos, 30 suicídios e 15 outras causas. Dentre esses, 10 deles tinham entre 13 e 17 anos de idade. Além disso, a taxa de empregabilidade é menor para LGBTQIAPN+ em relação a pessoas cis-heterossexuais.
A probabilidade de estigmatização, humilhação e discriminação é maior em serviços de saúde, segundo o mesmo dossiê. Esses e outros dados são inaceitáveis em 2023. Não se trata de aceitação, mas de respeito e integridade física, que é o mínimo para qualquer ser humano.
Conhecer para respeitar
Para a ampliação do debate acerca da causa LGBTQIAPN+ é importante que o conhecimento sobre o tema também se amplie. Com mais informação também há uma melhora na relação social entre as pessoas. Ou seja, se você sabe mais sobre esse universo, tem mais capacidade para respeitar, se engajar, se relacionar e tornar os ambientes melhores e mais saudáveis para todos.
Você conhece a sigla? Sabe o que ela significa?
As letras LGBTQIAPN+ (sigla completa) engloba: pessoas lésbicas, gays, bissexuais, trans, queer (questionando), intersexo, assexuais / arromânticas / agênero, pan/poli, não binárias e mais. O + é um símbolo que transborda o limite de classificação. Ou seja, é múltipla a forma como cada pessoa se enxerga no mundo! A ideia é mesmo ter lugar para todos, convivendo bem e podendo se desenvolver como pessoas. Isso inclui oportunizar desenvolvimento profissional e diversidade nas empresas.
Outra informação importante acerca do tema é que LGBTfobia é crime. Desde junho de 2019 o Supremo Tribunal Federal (STF) igualou os crimes que têm como motivação a LGBTfobia aos raciais, aplicando as mesmas penas, que podem ser de reclusão de dois a cinco anos e multa.
Conheça um local confiável onde você pode se informar mais sobre a temática LGBTQIAPN+ e se envolver melhor nos debates, nas rodas de conversa, conversas interpessoais e fazer amizades, afinal, todo mês é mês do orgulho!
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