Polo Sebrae de Indústria mapeia desafios e oportunidades no RS
Cadeia produtiva gaúcha possui 130 mil micro e pequenas empresas
Atualizado em: Leitura: 2 minutos
Os números não deixam dúvidas: a pequena indústria é parte fundamental da engrenagem que move essa importante cadeia produtiva no Estado e no País. Representando 10% do setor de todo o Brasil, o Rio Grande do Sul hoje abriga mais de 130 mil empresas, sendo a grande maioria micro e pequenos estabelecimentos.
Pilar de soluções
Atento a esta realidade o Sebrae RS qualifica os empreendedores gaúchos em diversas frentes por meio do Polo Sebrae de Indústria. De olho no futuro do setor, a organização atua em três pilares estratégicos – ESG, Competitividade e Indústria Inteligente -, levando informação, conteúdo e soluções que são relevantes para a tomada de decisão dos empreendedores em questões como:
- Diferenciação de produtos;
- Melhoria de processos produtivos;
- Acesso a tecnologia e ferramentas de gestão;
- Desenvolvimento da internacionalização do negócio;
- Auxílio na busca de alternativas de investimento e de financiamento.
Números, desafios & oportunidades para a Indústria
De acordo com pesquisa recente que avaliou o desempenho das pequenas indústrias gaúchas na comparação entre o período pré-pandemia (2019) com o ano de 2021:
- 34,55% aumentaram a produção;
- 14,55% mantiveram a produção;
- 50,91% diminuíram a produção.
Com a diminuição da atividade, a compra de insumos foi igualmente suprimida para 43,55% das indústrias. Ainda assim, vale ressaltar:
- 34,55% dos respondentes sinalizaram uma compra maior de matéria prima em 2021, comparando-se com 2019;
- Os demais 21,82% mantiveram seus níveis de compras.
O faturamento também apontou oportunidades.
- 32,73% observaram acréscimo no faturamento
- Pouco mais de 50% dos respondentes afirmaram que o faturamento da empresa diminuiu
Corrente gaúcha
Bem como os desafios e oportunidades, os números demonstram a força da cadeia produtiva do RS.
- Quase 90% dos respondentes têm pelo menos parte dos seus fornecedores no estado;
- 45,45% das indústrias possuem fornecedores exclusivamente gaúchos;
- 87,27% apontaram ter fornecedores nacionais;
- Apenas 13,73% dos respondentes afirmaram ter fornecedores estrangeiros.
Cruzando as fronteiras
E falando em mercado estrangeiro, o cenário apresenta uma realidade distante das pequenas indústrias. Mesmo com o Rio Grande do Sul sendo um exportador tradicional em vários setores, a manufatura de pequeno porte ainda tem muito potencial para crescer. Apenas 9,09% dos respondentes exportaram no ano de 2021. Destes, a maioria indicou que nunca havia feito vendas ao mercado exterior
Em contrapartida, as perspectivas de crescimento são animadoras. Enquanto pouco mais de 49% das indústrias não pretendem fazer investimentos até o final de 2022, a outra metade tem planos de aportar recursos para alavancar seus negócios.
Da parcela que pretende despender recursos ainda este ano, 71,4% mostraram uma abordagem mais cautelosa, afirmando ter planos de investir até 30% do faturamento anual.
E o futuro?
Por fim, entender o cenário atual é fundamental para planejar o futuro. Nesse sentido, as maiores dificuldades a serem transpostas pelas pequenas indústrias são:
- Falta de capital de giro (63,64%);
- Alto custo com matéria-prima (49,09%);
- Alta carga tributária (41,82%);
- Falta de demanda (36,36%).
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