Novos caminhos para o negócio após o Empretec

A história das micro e pequenas empresas que perduram por várias décadas é feita de crescimento, de superação e de redefinição de estratégias. O empreendedor João Bonatto, que desde 1989 empreende na fabricação de artigos de madeira decorativos e utilitários, vivenciou na prática esta jornada de desafios e mudanças.

Em 2022, ele passou por um novo momento em sua empresa após participar do Empretec, seminário intensivo desenvolvido pela ONU e aplicado no Brasil com exclusividade pelo Sebrae.

Exemplo visto na família

A admiração de João Bonatto pelo trabalho com a madeira e a vocação para o empreendedorismo vêm de família. “Meu pai tinha fábrica de móveis em Cruz Alta. Eu já me criei naquele ambiente de fabricação de móveis. Sempre gostei muito do trabalho com madeira, sempre focando muito na qualidade”, conta João. Desde jovem, ele aprendeu a trabalhar com a madeira em sua cidade-natal, Cruz Alta. Ele também aproveitou a convivência com o pai para aprender sobre a criação de novos produtos.

Busca pelo empreendedorismo

Quando chegou o momento de escolher uma faculdade para cursar, João decidiu fazer Administração. Para isso, ele se mudou para a cidade de Santa Maria em 1980. “Fui fazer Administração pensando um dia em ter o meu negócio também”, explica. Quando terminou o curso superior, João passou em um concurso público da Caixa Econômica Federal da cidade. “Mas sempre produzindo, fazendo produtos em madeira”, conta. Quando entrou no banco, decidiu montar a própria empresa, em um trabalho que passou a desenvolver de forma paralela. Isso é feito até hoje, já que o empreendedor segue na Caixa e também com a própria empresa.

De artigos artesanais até o foco nos clientes corporativos

O fundador da Tri Útil considera que tem como vocação a produção de peças pequenas de madeira destinadas à satisfação dos clientes. Na fase inicial do negócio, João focou na produção de artesanato no mesmo material. As peças, naquela ocasião, eram pintadas e vendidas para o consumidor final. 

Até que artigos importados começaram a inundar as lojas e as feiras do país. “Entrou o R$ 1,99, aí eu senti que o artesanato acabou morrendo. Daí eu tive que ir mudando de segmento, de cliente”, recorda João. A mudança fez com que ele começasse a produzir itens em madeira com foco em utilidade e que pudessem ser presenteados. “Trabalhei o meu principal público, que eram os colegas da Caixa”, complementa.

Foco na personalização

Além de investir em qualidade no acabamento e em pequenos diferenciais, como pezinhos de borracha nas tábuas de corte, que evitam desgastes nas peças, João trabalha muito com a personalização de seus produtos. O objetivo é fazer um produto que seja “a cara” da empresa que está sendo atendida. “São peças únicas. Não vou repetir o produto. Isso é uma coisa que eu me recuso”, enfatiza.

Novas perspectivas após frequentar o Sebrae

Mesmo fazendo o que ama e desenvolvendo a sua criatividade na própria empresa, João sentiu que não estava mais conseguindo crescer como gostaria. Então, procurou o Sebrae, onde acessou informações e fez cursos, especialmente na área de finanças. “Procurei o Sebrae por necessidade”, resume. Na época, João buscava alternativas para crescer. Com apoio do Sebrae, teve a marca redesenhada e criou um novo site para a Tri Útil.

Mudança de comportamento após o Empretec

Um momento importante para os negócios de João ocorreu quando ele decidiu fazer o Empretec. Principal programa de formação de empreendedores do mundo, promovido em 40 países, o Empretec proporciona a imersão intensiva de seis dias e mudanças decisivas na trajetória de muitos empreendedores.

Desde que participou do seminário, desenvolvido exclusivamente pelo Sebrae no Brasil, o empreendedor passou a estabelecer metas e objetivos para a empresa, além de trabalhar a persuasão e o planejamento estratégico.

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